segunda-feira, 27 de julho de 2015

Esquentou? Aumenta procura por alface crespa


Bastou as temperaturas subirem um pouquinho para que as vendas de alface melhorassem na última semana. Tanto é que a alface crespa, uma das mais consumidas, valorizou nada mais nada menos que 50% em Ibiúna (SP) na média da última semana em comparação com semana anterior, a R$ 12,50/cx com 20 unidades.
 
Em Mogi das Cruzes, também houve aumento das cotações, mas em menor proporção: 9% a mais, fechando a semana a R$ 10,00/cx. As alfaces de Mogi das Cruzes foram mais afetadas pela chuva e frio que ocorrem desde o início do plantio da safra de inverno, em abril.

Além disso, com as chuvas no Sul do País, compradores dessa região estão buscando folhosas no atacado paulistano (Ceagesp). A crespa foi negociada na Ceagesp por R$ 18,00/cx com 24 unidades, valorização de 9% em uma semana. 

A expectativa é que a procura aumente nas próximas semanas, pois com a finalização das férias, as vendas para as escolas irão aquecer.

Por Daiana Braga – Colaboração: Mariana Coutinho Silva
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Preço da cebola tem acentuada queda, mas ainda é atrativo ao produtor


Após a crescente alta dos preços da cebola em 2015, parece que, agora, o mercado tende a caminhar para o caminho inverso. Na última semana, todas as regiões que estão em colheita tiveram significativa queda nas cotações.

A praça onde houve maior desvalorização do bulbo foi em Irecê (BA), de 26,1%, fechando a semana com preço médio de R$ 2,59/kg. Em Monte Alto (SP), o preço do quilo ao produtor foi de R$ 3,38 na semana passada, queda de 11,6% em relação à semana anterior, enquanto que, em São José do Rio Pardo, o valor foi de R$ 3,15/kg, queda de 19,1% na mesma comparação.

Mesmo em queda, os atuais preços da cebola ainda são considerados bastante remuneradores ao produtor. No mercado, por sua vez, muitos consumidores estão reticentes quanto às compras de cebola, já que os valores apresentado nas gôndolas estão bastante elevados.

A tendência é que neste segundo semestre as cotações reduzam por conta do aumento de oferta em outras importantes regiões produtores de cebola do País, como o Vale do São Francisco e Rio Grande do Norte.

Ainda no setor de cebola, as fortes chuvas ocorridas no Sul do País têm prejudicado o plantio e desenvolvimento dos bulbos. Em Ituporanga (SC) e Irati (PR), a maior parte da área já foi plantada, e a chuva prejudicou a qualidade e aparência das lavouras que já germinaram. Porém ainda não há previsão do quanto isso pode comprometer o resultado final da safra de ambas as regiões. Lebon Régis (SC) e São José do Norte (RS) ainda não terminaram o plantio, e as chuvas ainda podem comprometer o calendário da safra.

A previsão climática indica mais chuvas nas lavouras de cebola a partir de quarta-feira, 22. A previsão de um El Niño com forte intensidade nesse ano pode continuar afetando as áreas de cebola do Sul.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Edição de julho - Ervas & Especiarias: O complemento que faz a diferença!

A Hortifruti Brasil aborda na edição e julho um mercado ainda bastante informal no Brasil, mas que tem crescido ano a ano: o de ervas e especiarias. A Matéria de Capa deste mês traz informações que contextualizam esse mercado tão rico de sabores e podem despertar o interesse de produtores e comerciantes.

Na matéria, são apresentadas informações mais precisas sobre as especiarias pimenta-do-reino, as pimentas do gênero Capsicum, (nativas do Brasil) e o gengibre e também a respeito das ervas coentro e orégano. São apontadas as regiões nacionais onde são produzidas ou de onde são importadas e os cuidados com a produção, segundo profissionais do setor.
 
Ainda nesta edição, os analistas de mercado mostram os últimos acontecimentos de mercado de frutas e hortaliças, com destaque para a influência do El Niño na produção! Fique de olho!

Conheça mais sobre o mercado de ervas e especiarias e se atualize do mercado de HF com a Hortifruti Brasil! A edição de julho está disponível em www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil.
Boa leitura!
 
Equipe Hortifruti Brasil

Indústria de suco de laranja retoma compras no spot e por contrato


Uma das três grandes indústrias de suco de laranja de São Paulo retomou a compra de laranja na semana passada. As compras são feitas tanto no spot (sem contrato) quanto por contrato de uma safra. As operações no spot envolvem apenas as variedades precoces, ao preço de R$ 10,00/cx de 40,8 kg, colhida e posta na indústria – sem adicional de participação. Já no caso dos contratos de uma safra, o preço não é fixo, dependerá do valor médio de venda do suco de laranja em 2016. 
 
Ainda não há notícias de que outras grandes indústrias estejam realizando novas compras, mas colaboradores do Cepea ligados às processadoras comentam que as outras duas podem entrar no mercado conforme haja maior disponibilidade de frutas com maturação ideal.

As pequenas indústrias também têm feito compras no spot, com os preços condicionados ao rendimento industrial, variando de produtor para produtor. Ainda assim, elas são procuradas por muitos citricultores, principalmente por aqueles que têm propriedades próximas a essas empresas.

Consumo de melancia está bastante reduzido no frio

No inverno, não tem vez para a melancia. Considerada uma das frutas mais refrescante e bastante consumida no verão, poucos consumidores têm se interessado em comprar a fruta nesta estação mais fria. 
 
Por conta disso, os preços da melancia na Ceagesp continuaram registrando queda, como era esperado. Agentes informaram que as temperaturas mais baixas estão travando o mercado e diminuindo as vendas. Além disso, a oferta da fruta está relativamente maior, devido à colheita de novas lavouras em Goiás e à intensificação da colheita no Tocantins.

Para as próximas semanas, a tendência é que as cotações continuem em queda, já que a oferta da fruta deve aumentar nas regiões que estão colhendo. O cenário só deve mudar quando as temperaturas aumentarem novamente, ou seja, a partir de setembro (início da primavera e, portanto, da estação de calor). 

Na média da última semana, o preço do quilo da melancia graúda (>12 kg) foi de R$ 0,72 na Ceagesp, queda de 25,9% sobre o valor negociado na semana anterior.  

Comportamento semelhante tem sido verificado não só para a melancia, mas para as frutas de um modo geral. O ritmo das vendas foi bastante calmo na última semana, refletido sobretudo pelas baixas temperaturas e pelas chuvas, fatores que poucos estimulando o consumo especialmente de frutas. Especificamente em São Paulo, o feriado estadual (9 de Julho, Revolução Constitucionalista) também foi outro motivo que limitou as vendas em todo o estado.

Por Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Chuva interfere na colheita de HFs de Sul a Nordeste, reduzindo oferta no mercado


Vem mais chuva por aí! As atividades de colheita poderão ser limitadas pelas precipitações previstas para esta semana em estados do Sul e do Sudeste. Dependendo da intensidade das chuvas, produtores de hortaliças como cebola, batata tomate, e de frutas, como uva e melão, poderão ter que reduzir os trabalhos de campo, uma vez que a umidade dificulta o acesso ao campo. Assim, a oferta desses produtos pode ser menor no mercado nos próximos dias. Além disso, a umidade pode favorecer o surgimento de doenças fúngicas e também reduzir o ritmo de maturação.

A chuva pode atrasar a colheita de cebola em Monte Alto/São José do Rio Pardo (SP) e diminuir o volume que seria ofertado nos próximos dias. Desta forma, esta será mais uma semana de preços elevados de cebola.

A colheita de batata também poderá ser limitada no Paraná, em São Paulo e no Sul de Minas Gerais. Em Ibiraiaras/Santa Maria (RS), no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e em Cristalina (GO), deve chover de forma distribuída, de forma que não comprometerá tanto a colheita.

O tomate também não deve escapar das chuvas, e produtores podem ter que frear o ritmo de colheita em Araguari (MG), Sumaré e Mogi Guaçu (SP), Norte do Paraná, Venda Nova do Imigrante (ES) e São José de Ubá e Paty do Alferes (RJ). Além de atrasar a colheita, o tempo frio ainda reduz a maturação do tomate.

Produtores de uva de Jales (SP) esperavam que os problemas decorrentes das chuvas durante as podas acarretassem em problemas na qualidade. Entretanto, até o momento, a qualidade da uva local é considerada satisfatória por agentes. Contudo, a precipitação acabou afetando a quantidade de cachos por pé, podendo impactar na produtividade média da safra deste ano na região.

Em Natal (RN), produtores de mamão havaí estão recebendo chuvas constantes. Com isso, o manejo e a colheita estão prejudicados, causando redução na oferta da fruta. Além disso, as chuvas contínuas prejudicam a pulverização de fungicidas. Assim, há risco de aparecimento de doenças fúngicas nos mamoeiros.

O outono e inverno de 2015 têm sido um pouco mais úmidos neste ano por conta da atuação do El Niño no País. O fenômeno causa chuva acima da média no Sul e seca em boa parte do Nordeste. Para o Sudeste, as precipitações e as temperaturas também podem ficar acima da média na estação do frio, mas a intensidade do fenômeno ainda é incerta.

Por Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil