segunda-feira, 31 de março de 2014

Falta de chuva interfere no plantio de batata


Com baixo volume de chuva, produtividade no Sul de MG pode ser menor

O Sul de Minas Gerais encerrou o plantio da safra das secas 2014 na semana passada. O principal problema durante as atividades foi a seca e calor. Como as áreas nesse período não são irrigadas, a produtividade das primeiras batatas colhidas em maio deverá ser mais baixa. 

A colheita desta safra deve iniciar em maio, mas alguns produtores já podem realizar as primeiras catas no final de abril, visto que alguns iniciaram o plantio mais cedo. De qualquer forma, essa área que pode ser adiantada será pequena.

Enquanto os mineiros já encerraram o plantio, as atividades seguem intensas no Sudoeste Paulista e em Cristalina (GO). Na região paulista, as atividades começaram com atraso devido à falta de chuvas em fevereiro, contudo, com o maior volume de precipitações em março, o plantio foi regularizado. Cristalina também enfrentou problemas com a falta de chuva, aumentando a incidência de mosca branca em algumas áreas, mas sem grandes danos. 

Cristalina deve começar a colheita em abril, enquanto, o Sudoeste Paulista, em maio. 

Preço mínimo da laranja sobe para R$ 11,45

Dentre as notícias envolvendo a citricultura, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou o aumento do preço mínimo da caixa de 40,8 kg de laranja para R$ 11,45 na safra 2014/15. Na temporada passada, o valor mínimo era de 10,10/cx. Apesar de o valor ainda ser considerado baixo, o setor vê a medida como positiva. 

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil




sexta-feira, 14 de março de 2014

Alerta de mercado: Preço da nanica é o maior do ano



Nesta semana, os preços da banana nanica atingiram o maior valor de 2014 no Vale do Ribeira (SP). Isso porque não há um grande volume da fruta sendo colhida, uma vez que calor intenso nos dois primeiros meses do ano acelerou a maturação do cachos, antecipando o calendário de colheita da região. Além disso, há uma boa demanda, o que torna a fruta ainda mais valorizada no mercado.

Alguns produtores informaram que chegaram a vender o produto por até R$ 1,30/kg nesta semana. Na média parcial de março (1º a 14), os valores estiveram a R$ 0,88/kg aos produtores do Vale do Ribeira. Esse patamar é o maior desde outubro do ano passado, quando o quilo da banana nanica foi negociada na média de R$ 1,00 nas roças.

Produtores poderão se beneficiar com bons preços por, pelo menos, até o final de abril, quando voltarão a colher  maiores volumes da nanica.

Por Daiana Braga – Colaboração: Júlia Garcia
Equipe Hortifruti Brasil

Alerta de mercado: Cobrança de pedágio na Ceagesp gera tumulto novamente

O início da cobrança dos pedágios na entrada da Ceagesp gerou novas manifestações entre os trabalhadores que estavam no local na manhã desta sexta-feira. Os manifestantes são contra a cobrança de acesso e permanência de veículos ao estacionamento do entreposto, que começou a ser tarifado desde ontem (13).

A movimentação dos manifestantes bloqueou a entrada e saída de caminhões que abastecem com mercadorias na Ceagesp e, consequentemente, as vendas. Segundo atacadistas, alguns boxes pararam de comercializar já de manhã e pretendem estender a paralisação até segunda-feira, 17, se não houver interferência do governo municipal na cobrança das taxas.

Por Daiana Braga – Colaboração: Amanda Rodrigues da Silva

terça-feira, 11 de março de 2014

Edição de março: Cultivo Protegido

O cultivo protegido na fazenda hortifrutícola pode proporcionar ganho de eficiência produtiva, além de favorecer uma oferta equilibrada de frutas e hortaliças ao longo dos meses. Esse é o tema de capa da edição de março da Hortifruti Brasil que, dentre as vantagens do cultivo protegido, há de se levar em conta que é um elevado investimento e que necessita ter conhecimento técnico para a implantação no sistema na propriedade.

Para saber as vantagens e desvantagens da adoção do cultivo protegido na fazenda, acesse a edição de março e confira a matéria completa na página da Hortifruti Brasil: www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil

Confira também as informações de mercado das 12 frutas e hortaliças nas Seções de cada cultura, além de saber das últimas novidades do setor hortifrutícola da nova Seção Radar HF.

Boa leitura à todos!

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil 

 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Veja como o Carnaval e as chuvas têm impactado no mercado de algumas frutas e hortaliças


Preço da batata ultrapassa R$ 100,00 nas roças


As chuvas no feriado de Carnaval e que continuam hoje interferiram na colheita de batata. Produtores de Água Doce (RS) e Guarapuava (PR) nem chegaram a colher nesta quarta-feira. O Sul de Minas Gerais está terminando a safra e, o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba não está conseguindo abastecer sozinho o mercado. 

Com o cenário de pouca batata no mercado, os preços ficaram acima dos R$ 100,00 nesta quarta. Enquanto no Triângulo Mineiro o preço médio está a R$ 100,00/sc, produtores do sul mineiro chegaram a negociar o tubérculo por até R$ 110,00/sc – na última sexta-feira, essas regiões negociaram a R$ 70,00/sc e a R$ 85,00/sc, respectivamente. 

Após recorde no ano, preço do tomate recua após Carnaval

O preço do tomate tem subido significativamente desde meados de fevereiro, já que os frutos maturaram muito rápido por conta do forte calor presente em todas as roças. Na última semana, inclusive, as cotações do tomate foram recordes do ano. Na última sexta-feira, 28, o tomate salada 2A foi negociado na Ceagesp a 83,57/cx de 18 kg. 

No decorrer do Carnaval, no entanto, a comercialização do tomate foi considerada fraca, refletindo em preços mais baixos. Nesta quarta-feira de Cinzas, o preço médio do tomate salada 2A negociado na Ceagesp caiu para a média de R$ 67,00/cx. A expectativa é que o preço do tomate volte a subir, até porque as chuvas devem contribuir para “segurar” a oferta do tomate nas roças, além de não ter grandes volumes do fruto nas roças para ser colhido. 

Mamão: Norte de MG e sul da BA em “pescoço”

Nesta quarta-feira de Cinzas, também está chovendo em praticamente todas as regiões produtoras de mamão – norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. O clima, por mais que seja benéfico, interfere um pouco no andamento das atividades de colheita. De qualquer forma, o norte mineiro e o sul baiano estão em período de “pescoço” (quando uma parte do pé de mamão fica sem frutas para colher, formando um pescoço, por conta de influências climáticas). 

No Espírito Santo é onde se concentra a maior oferta de mamão no momento. Nesta praça, há relatos de mancha-chocolate nas frutas, uma vez que as fortes chuvas de dezembro/13 atrapalharam as pulverizações. Em Linhares, cerca de 35% das roças estão apresentando mancha-chocolate. Apenas produtores que têm frutas de boa qualidade conseguem preços melhores. Por enquanto, os valores praticados nesta quarta-feira estiveram em torno de R$ 0,40/kg tanto para o havaí quanto para o formosa, considerados pouco remuneradores. 

Chuva prejudica uvas finas de São Miguel Arcanjo

Produtores de uva de São Miguel Arcanjo (SP) também relataram problemas causados com a chuva durante o Carnaval. A umidade tem causado rachaduras e podridão em alguns parreirais de uvas finas. Quanto à variedade niagara também produzida na região, esta não chegou a ser afetada pelas precipitações. 

Com isso, produtores da praça paulista tem acelerado a colheita de uvas, com o intuito de reduzir as perdas. 


Clima antecipa colheita de banana

Há pouca oferta de bananas prata e nanica no mercado. Isso porque o forte calor em janeiro e fevereiro causou rápida maturação da fruta, antecipando o calendário de colheita. O resultado disso foi a baixa oferta neste início de março. 

Na última semana, a banana nanica foi comercializada na Ceagesp por R$ 22,75/cx de 20 kg, aumento de 9% sobre a semana anterior. Já a prata ficou estável, a R$ 50,67/cx.

Nas próximas semanas, a expectativa é que os preços, sobretudo da nanica, subam mais. O aumento da oferta desta variedade deve ocorrer apenas daqui a dois meses, enquanto, o de prata, em maio. 

Por Daiana Braga – Colaboração: Amanda Rodrigues da Silva, Lucas Conceição Araújo, Felipe Vitti e Júlia Garcia
Equipe HF Brasil