quinta-feira, 17 de abril de 2014

Batata e bacalhau, combinação certeira na Semana Santa


Foto: CulturaMix.com
O  mercado começou a se preparar para Semana Santa desde a semana passada. Muitos compradores providenciaram os pedidos nas roças na última semana e no início desta para abastecer o varejo, visando abastecer o feriado prolongado. As compras estiveram aquecidas especialmente para as hortaliças, como batata, tomate, cebola e cenoura.

Nem mesmo os elevados preços da batata têm inibido a procura do consumidor. O aumento das vendas de batata é comum no feriado de Semana Santa por conta do aumento do consumo do bacalhau, no qual o tubérculo é o principal acompanhamento. Na média desta semana, a batata ágata especial foi negociada a R$ 158,67/sc de 50 kg na Ceagesp, valorização de 19,9% sobre a média da semana passada e 45% maior sobre o valor praticado na Semana Santa de 2013, quando o tubérculo foi negociado a R$ 108,92/sc.

Na Semana Santa, normalmente os preços da batata são um pouco mais elevados, mas o que tem contribuído de fato para isso é a baixa oferta disponível nas roças. No momento, as principais regiões ofertantes são Guarapuava (PR) e Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. Na região paranaense, as chuvas dos últimos dias dificultaram as atividades no campo. Já no Triângulo, o clima esteve mais firme, mas, mesmo assim, não há um grande volume de batata a ser colhido por conta da quebra de safra e à menor produtividade devido à seca e ao calor em fevereiro e março.

Dentre as frutas, a lima ácida tahiti também se destaca no mercado nestes feriados. A fruta é bastante usada como tempero nos pratos típicos consumidos nesta época. Mesmo em pleno pico de safra, a tahiti está com preços firmes, inclusive maiores em relação ao mesmo período do ano passado. Nesta semana, a caixa de 27 kg, colhida, girou em torno de R$ 12,00. De janeiro a março, a média da tahiti na roça foi de R$ 9,53/cx, valor 66% superior ao do mesmo período de 2013. Os principais motivos para sustentar as cotações são a demanda da indústria de suco e as exportações aquecidas.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

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