segunda-feira, 30 de julho de 2012

Greve dos caminhoneiros dificulta escoamento de batata neste início de semana


foto: Jornal do Sul/Divulgação

Um dos principais receios na comercialização de frutas e hortaliças na semana passada foi com a greve dos caminhoneiros iniciada no último dia 25 em diversas localidades do País. Antes mesmo do início da greve, alguns produtores chegaram a paralisar os carregamentos para evitar que as cargas ficassem paradas nas rodovias, o que poderia causar perdas de mercadorias. 

Os protestos ocorreram em importantes vias de acesso de produtos agrícolas, com os manifestantes bloqueando a Rodovia Fernão Dias na última sexta-feira (27), que liga São Paulo-Belo Horizonte, e a Rodovia Presidente Dutra nesta segunda-feira, 30, principal rodovia que liga São Paulo-Rio de Janeiro.

Até semana passada, pouco foi o impacto da greve quanto ao escoamento de produtos nos principais centros consumidores – a greve deixou o escoamento mais lento que o comum.

Já com os protestos na Dutra ocorrendo nesta segunda-feira, os carregamentos de batata do Rio de Janeiro até São Paulo chegaram a ser interrompidos. Com isso, os preços da batata atingiram os R$ 100,00/sc no atacado carioca.

A greve é um protesto da categoria que pleiteiam novas exigências legais a respeito da jornada de trabalho na profissão.

Em época de Olimpíadas, preço do tomate bate novo recorde

O preço do tomate bateu novo recorde na semana passada. Em plena semana de pouco comércio em virtude do fim de mês, o tomate salada 2A foi comercializado na semana passada na média de R$ 81,73/cx de 23 kg na Ceagesp. Apenas na sexta-feira passada, o produto chegou a ser comercializado por até R$ 104,00/cx. Esse valor médio é o maior já verificado pelo Hortifruti/Cepea desde o início do levantamento, em 2002.

O que justifica os elevados preços do tomate é a baixa produtividade do tomate da safra de inverno 2012, o que tem causado significativa redução na oferta de tomates no mercado.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Indústria de laranja abre mercado spot a R$ 5,00/cx



O setor paulista de laranja segue com incertezas quanto ao fechamento de novos contratos para a safra 2012/13. Por enquanto, indústrias vêm processando frutas já contratadas em anos anteriores e de pomares próprios. 

No entanto, na última semana produtores comentaram que uma das grandes processadoras de São Paulo abriu preços de compra de laranja na modalidade spot (sem contrato). Essa demanda, contudo, estaria restrita à variedade pêra – variedades precoces já estão caindo dos pés, e a saída de alguns produtores é tentar escoar a fruta para o mercado in natura ou para indústrias de pequeno porte. A fruta foi negociada a R$ 5,00 caixa de 40,8 kg no spot na semana passada. Esse é o menor preço (nominal) desde 2009, quando a laranja pera foi comercializada, também em julho, a R$ 3,65/cx.

Para esta semana, ainda não se sabe qual valor continuará será praticado no mercado spot

Quanto às negociações das demais frutas e hortaliças pesquisas pelo projeto Hortifruti/Cepea, estas foram bastante lentas devido à forte queda nas temperaturas, principalmente nos centros consumidores do Sul e Sudeste. Mesmo com previsão de tempo firme para esta semana, a demanda pouco deve avançar devido ao fim de mês. A probabilidade é que o comércio seja mais firme no início de agosto, quando haverá o retorno das aulas.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil 

Edição de julho: Pecados no Campo



A edição de julho da Hortifruti Brasil levanta os sete "pecados" cometidos pelos produtores no campo.

Veja quais são esses erros e a recomendação de especialistas na Matéria de Capa da edição na página da revista: http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil

Leia também as últimas informações sobre o mercado de frutas de hortaliças na edição.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Falta de água em Livramento deve continuar


A seca em Livramento de Nossa Senhora (BA) tem prejudicado a produção e o calibre da manga. O volume de água da barragem desta região encontra-se baixo e o tempo de irrigação – hoje correspondente a dois dias por semana – deve ser reduzido para apenas um a partir de setembro, caso não chova. 

Produtores consultados pelo Projeto Hortifruti Brasil comentam que apenas um dia de irrigação é insuficiente para que a planta possa apresentar uma boa produtividade. 

Este cenário ainda deve influenciar a produção de manga na região nos próximos anos. Isso porque, ainda que a irrigação fosse incrementada, levaria até dois anos para a mangueira voltar a produzir como antes. Quanto aos preços, em Livramento, a manga palmer foi comercializada em média a R$ 1,44/kg na semana passada, valorização de 6% frente à anterior.

Equipe Hortifruti Brasil

domingo, 8 de julho de 2012

Tomate é vendido por até R$ 100,00 no atacado

foto: ImageAfter

Produtores de tomate estão se beneficiando com as elevadas cotações do produto desde a semana passada. Na Ceagesp, o tomate salada 2A teve média semanal de R$ 78,57/cx de 23 kg, aumento de 43,8% sobre a média da semana anterior. No atacado de Campinas (SP), a caixa de tomate chegou a ser comercializada por até R$ 90,00. A variedade santa cruz esteve ainda mais cara: foi vendida tanto em Campinas quanto na Ceagesp por R$ 100,00/cx.

As chuvas, que no último bimestre (maio/junho) foram cerca de três vezes superiores às normais climatológicas para o período, juntamente com o tempo frio característico da época, reduziram consideravelmente a produtividade nas lavouras e, consequentemente, a oferta de tomate no mercado, elevando as cotações. Como não há previsão de aumento nas temperaturas na próxima semana, a oferta deve seguir controlada.

Quanto ao mercado de frutas e hortaliças, pouco reagiu na última semana, apesar do início do mês, período mais favorável às compras. O frio típico do mês e as férias escolares foram fatores limitantes para o comércio. A previsão é que a demanda aumente a partir de agosto, com o retorno das aulas e, posteriormente, com a elevação das temperaturas.

Entrada de maçã argentina começa a ser liberada 
foto: Divulgação/Agrovalor
Desde abril, a importação de maçã da Argentina estava restrita, devido à suspensão de licenças automáticas. Na semana passada, o Brasil liberou a entrada de alguns caminhões com carregamentos de maçãs e peras do país vizinho. A quantidade que chegou ao nosso País ainda foi reduzida mas, segundo notícia do Fresh Plaza, produtores argentinos estão animados com a expectativa desta liberação, uma vez que o Brasil é um dos principais mercados da fruta daquele país.

As licenças foram liberadas como um gesto do governo brasileiro para por fim às barreiras da entrada de maçã no Brasil e carne no país vizinho. De acordo com notícias veiculadas na mídia, a paralisação de importação de maçãs e peras gerou uma perda de US$ 9 milhões para os produtores argentinos. Porém, com o começo da liberação das licenças, a expectativa é de que o preço da fruta em nosso mercado recue, uma vez que o volume disponível deverá ser maior.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

domingo, 1 de julho de 2012

MG exporta manga via marítima pela primeira vez


As cidades de Jaíba (MG) e Janaúba (MG), com apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), têm buscado novos meios para exportar a manga. Pela primeira vez, a fruta cultivada na região foi embarcada via marítima, de acordo com notícia veiculada pela mídia. A variedade palmer é a envolvida no projeto, visto que boa parte dos pomares da região são desta cultivar.

O primeiro carregamento de manga obteve sucesso, segundo informações obtidas com produtores envolvidos no projeto. Porém, os riscos de perda são grandes, visto que a fruta fica por volta de 7 dias em trajeto no mar, e o processo de pós colheita precisa ser realizado com cuidado, levando em consideração não apenas o tempo de colheita, mas também variantes como temperatura e umidade relativa.

Ceagesp abastecida de batata e cebola

Ao longo da última semana, o clima firme contribuiu para as atividades no campo. Assim, produtores de batata puderam colher um maior volume do tubérculo. O aumento na oferta fez com que os preços recuassem 30% na Ceagesp na média da semana, com a batata ágata especial comercializada a R$ 43,42/sc de 50 kg. Há duas semanas, chuvas volumosas chegaram a interromper o acesso aos batatais por alguns dias, não havendo colheita do produto.

Outro produto que também está com boa disponibilidade na Ceagesp é a cebola. A mais procurada é a de origem nordestina, da região do Vale do São Francisco. O clima quente e seco favoreceu a colheita e a sanidade dos bulbos, deixando a cebola do Vale com boa qualidade. Entretanto, o volume ofertado dessa região ainda é pequeno, não atendendo toda a demanda.

A cebola da Argentina também pode ser encontrada, mas em pequena quantidade, uma vez que a importação está bem reduzida devido ao aumento da oferta nacional. Já os bulbos de Divinolândia e Piedade (SP) são comercializados em menor escala, por terem a qualidade prejudicada devido ao clima chuvoso das últimas semanas.

Para esta semana, agentes do setor esperam que a demanda por frutas e hortaliças, no geral, seja impulsionada com o início do mês, período mais favorável para o comércio. O início das férias escolares, entretanto, pode ser um fator limitante para alavancar as negociações.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil