segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Lima ácida tahiti bate recorde de exportações


As exportações da lima ácida tahiti bateram recorde este ano. No acumulado de janeiro a setembro de 2011, a receita obtida com os embarques foi de US$ 52,7 milhões, montante 33% superior ao do mesmo período de 2010, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A receita até setembro de 2011, inclusive, já ultrapassou a recebida em todo o ano de 2010 (US$ 50,7 milhões).

Esse bom desempenho das receitas está relacionado à elevação do preço da lima ácida tahiti no mercado internacional ao longo de 2011. A valorização da fruta é decorrente da menor disponibilidade no Brasil e no México – neste último país, foi o clima desfavorável no segundo semestre que prejudicou a produção.

No Brasil, houve um descolamento na oferta de tahiti no estado de São Paulo: o pico de oferta ocorreu entre abril e junho, quando normalmente ocorre em março. Esse deslocamento da oferta acabou prejudicando a florada para a safra do segundo semestre de 2011. Assim, a oferta de lima ácida tahiti no segundo semestre, que geralmente já é inferior à do primeiro período do ano, deve ser ainda menor.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Preço da nanica deve continuar elevado até o fim do ano


A oferta da banana nanica continua reduzida em todas as regiões produtoras, o que vem resultando em elevados preços tanto para o produtor quanto para o consumidor.

Como não há previsão de aumento de oferta em nenhuma região produtora até dezembro, a perspectiva é de que a nanica continue proporcionando boa rentabilidade ao setor até o encerramento do ano. Norte de Minas Gerais, Vale do Ribeira (SP), Bom Jesus da Lapa (BA) e norte de Santa Catarina têm apresentado resultados positivos ao longo dos últimos meses.

No Vale do Ribeira (SP), embora os preços estejam acima da estimativa de custos, deve-se levar em conta os gastos com a reforma das áreas atingidas pelas enchentes no início de agosto. Esse fator pode limitar a rentabilidade de parte dos produtores na praça paulista este ano.

Quanto ao mercado, as chuvas no início da semana passada e a redução nas temperaturas provocaram recuo na comercialização da banana no principal atacado do País, a Ceagesp. Entretanto, os preços ficaram estáveis por conta da baixa oferta nas principais praças produtoras.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Chuva reduz atividades no campo e consumo de HF


Na última semana, o mercado de batata teve o típico “mercado de chuva”. O retorno das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste fez com que as atividades de colheita fossem menos intensas e, assim, menor foi o volume do tubérculo que entrou no mercado nos últimos dias.

Como conseqüência, os preços da batata subiram. Na segunda-feira da semana passada (10), por exemplo, o preço da ágata especial na Ceagesp foi de R$ 34,42/sc de 50 kg, enquanto que, na sexta-feira passada (14), o preço pulou para R$ 56,67/sc. Algumas batatas comercializadas estavam com a pele escura, resultado do clima quente e seco que perdurou por meses nas lavouras. O tempo mais úmido, no entanto, pode ajudar na qualidade das batatas que forem colhidas nos próximos dias.

A uva colhida em Jales (SP) e em Pirapora (MG) também foi beneficiada pelo fim da estiagem. Os parreirais de ambas as regiões já estavam sendo irrigados, possibilitando a oferta de uvas de boa qualidade. A irrigação acabou sendo reduzida devido às precipitações. Apenas em Jales é que em alguns lotes a uva estava perdendo o vigor devido ao tempo quente e seco, mas devem recuperar a qualidade agora que o clima está mais úmido.

Diante do tempo chuvoso aliado ao feriado no dia 12 de Outubro, o comércio de frutas e hortaliças foi um pouco mais calmo na semana passada. Enquanto no Brasil o consumo de frutas foi mais moderado, o forte calor ainda presente no Hemisfério Norte contribuiu para o consumo de frutas, como do melão brasileiro. Este mês de outubro é considerado o mais quente dos últimos 70 anos, conforme notícias veiculadas na imprensa estrangeira. A partir desta semana, a Somar Meteorologia já prevê mudanças no clima no Hemisfério Norte. Nos Estados Unidos, deve haver queda brusca nas temperaturas.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Edição de outubro: Gestão Sustentável da Batata


A cada ano, sobem os custos da batata. É o que mostra o novo estudo sobre custo de produção neste Especial Batata 2011. Nesta edição, a Hortifruti Brasil analisa a estrutura de custo de três importantes regiões produtoras: Vargem Grande do Sul (SP), Sul de Minas Gerais e Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba.

Nesta edição, é apresentada também análise dos resultados de como o setor tem se comportado ao longo dos anos, ou seja, se a atividade tem gerado lucro ou prejuízo diante do crescente aumento dos custos.

Leia também no Fórum a opinião de três produtores de batata que apontam caminhos sobre como se manter sustentável na bataticultura em anos de custos em alta.

Para conferir o estudo completo sobre custo de produção de batata, acesse a página da Hortifruti Brasil na internet clicando aqui!

Lembre-se: para receber a revista Hortifruti Brasil eletrônica, o cadastro é feito gratuitamente em http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/comunidade. A partir do cadastro, você receberá por volta do dia 10 de todo mês a revista em seu e-mail!

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Chuva é bem-vinda, mas seu excesso pode prejudicar


Após a longa estiagem, choveu nas principais regiões produtoras de frutas e hortaliças do Sudeste e Centro-Oeste na última semana, regiões mais prejudicadas pela falta de água nos últimos meses.

Na região produtora de uva em Pirapora (MG), o retorno da chuva diminuiu as pressões sobre a irrigação, que vinha sendo intensificada devido ao longo período sem chuvas. A umidade chegou a reduzir apenas os trabalhos de campo, já que não foi possível colher em alguns dias. A qualidade da uva de Pirapora é boa, porém, se a chuva persistir, isso pode mudar.

Produtores de cebola do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e Cristialina (GO) também se beneficiaram com o retorno da chuva na semana passada. Em Minas Gerais, especificamente, a chuva serviu para uma leve recuperação nos níveis dos reservatórios, que estavam abaixo do normal. De forma geral, as chuvas não chegaram a causar problemas nas roças de cebola. Apenas uma parcela dos bulbos que ainda estavam estocados nas roças foram comprometidos devido à umidade.

O retorno da chuva é visto com bons olhos pelos agricultores, mas produtores de laranja vivem num dilema quanto ao clima: o tempo bastante seco e quente do inverno reduz a vitalidade das plantas, deixando-as bastante debilitadas. Por outro lado, as chuvas acabam derrubando parte das frutas dos pés mais debilitados. O ideal é que as chuvas ocorram, mas não com forte intensidade.

A previsão para esta semana é que as chuvas continuem sendo observadas, dando indícios de que elas finalmente retornaram. A umidade pode trazer maior vitalidade às plantas, mas o seu excesso pode comprometer parte da oferta de hortifrutis.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Chuva retorna às lavouras de batata e tomate

Após período de estiagem, deve voltar a chover neste mês de outubro nas regiões produtoras de batata e tomate analisadas pela equipe Hortifruti/Cepea.

No final da semana passada, a elevação das temperaturas acelerou a maturação do tomate. Para esta semana, a previsão é de clima chuvoso na maioria das regiões produtoras, segundo a agência Climatempo. Esse cenário pode prejudicar a qualidade dos frutos nas praças em que o volume hídrico for significativo. Os maiores volumes são esperados para Mogi Guaçu (SP) e Araguari (MG).

Quanto à batata, produtores consultados pelo Cepea comentavam que o tubérculo vinha apresentando problemas de perda de cor, devido ao clima seco. Além disso, os reservatórios de água para irrigação em Vargem Grande do Sul (SP) e no sul de Minas Gerais estão com níveis baixos devido à falta de chuvas. Na região mineira, o acumulado de chuvas em agosto e setembro deste ano foi 81% abaixo da normal climatológica para o período, que é de 88,2 mm. Os volumes previstos para esta semana, porém, podem não ser suficientes para elevar os níveis nessas regiões, de modo que produtores seguem no aguardo de normalização das chuvas.

Equipe Hortifruti Brasil