segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Clima faz preço de frutas e hortaliças subir


O impacto do clima foi o principal fator para o aumento dos preços de algumas frutas e hortaliças nas últimas semanas. O mamão foi a fruta que valorizou em todas as regiões produtoras do País. A alta mais significativa ocorreu no Espírito Santo: a variedade formosa subiu 121% na média da semana passada em comparação com a anterior, com o quilo da fruta cotado a R$ 0,75.

Na Ceagesp, a caixa de 17 kg da cenoura foi comercializada na casa dos R$ 15,00. Os termômetros mais baixos durante as noites reduziram a maturação e o desenvolvimento do mamão, com frutas apresentando calibre reduzido. Além disso, uma pequena parcela de fruta também apresentou a mancha fisiológica, mas esta com incidência menor nas lavouras.

As ondas de frio sentidas sobretudo no início do agosto também foram o pivô para a valorização da cenoura. Assim, o ciclo da cenoura (do plantio à colheita), que dura cerca de 120 dias, deve se estender para 140 a 150 dias nas roças de Minas Gerais. As sucessivas chuvas nas lavouras do Sul do País também estão atrapalhando as atividades de plantio no Sul. A elevada umidade dificulta o acesso às lavouras, reduzindo o ritmo das atividades em campo.

Para essa semana, as chuvas ainda ficarão concentradas no Sul do País, conforme prevê a Somar. Para o Sudeste e o Centro-Oeste, apenas as temperaturas deverão cair um pouco a partir de quinta, dia 1, com clima seco. No Nordeste, as chuvas ficarão concentradas apenas no litoral e continuará seco no interior.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Chuva alivia um pouco, mas maiores volumes ainda são necessários

A previsão de queda nas temperaturas e de chuvas no Sul e no Sudeste se concretizou no último fim-de-semana. A umidade trouxe um pouco de alívio para algumas regiões produtoras de frutas e hortaliças, visto que a umidade relativa do ar estava bastante baixa.

Até semana passada, o clima estava seco e, as temperaturas, elevadas, cenário que ainda não havia comprometido a produção ou a qualidade dos hortifrutícolas. O calor acabou acelerando a maturação de alguns produtos, como o tomate e o mamão, por exemplo, elevando a oferta no mercado doméstico nos últimos dias.

Nesta segunda, 22, produtores de laranja de São Paulo informaram que as chuvas foram benéficas para os pomares, principalmente para as lavouras mais antigas, as quais as frutas estavam caindo dos pés. No entanto, mais chuvas serão necessárias para que essas lavouras atinjam total vigor. Quando às pomares citrícolas mais novos, esses ainda não tiveram problemas com o tempo seco nem com as temperaturas elevadas.

O clima deverá continuar ameno no Sul e Sudeste neste início de semana e com probabilidade de chuva especialmente no Rio Grande do Sul e Paraná, conforme as previsões da Somar Meteorologia. Ao longo da semana, o clima volta a ficar seco e com elevação das temperaturas.

No Nordeste, como no Vale do São Francisco, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, grande pólo produtor de frutas, o clima na região deverá seguir firme nesta semana. Assim, a continuidade das atividades de campo deve continuar normalmente no Nordeste.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Com pouca banana no Vale do Ribeira, cresce procura em outras regiões


Após as enchentes inundarem boa parte dos bananais no Vale do Ribeira (SP) há duas semanas, produtores da região estão com dificuldades no comércio. Como o acesso às lavouras ficou comprometido, houve perdas na produção de banana e não houve colheita, pouca é a oferta no Vale do Ribeira que está sendo escoada no mercado.

A falta de banana na região paulista está cedendo espaço para a entrada de fruta proveniente de outras regiões produtoras no principal atacado de São Paulo (Ceagesp). Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, o atacado paulista tem ampliado as negociações com as regiões produtoras de Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Ceará.

Assim, os preços da banana nanica subiram em todas as praças produtoras da fruta, inclusive na Ceagesp. Para as próximas semanas, há expectativa de novos aumentos nos preços da banana, já que o Vale do Ribeira deve continuar ofertando pouco volume de nanica.

Calor contém valorização do tomate

Depois da significativa alta do preço do tomate na semana retrasada, as cotações do produto voltaram a recuar na passada.

Essa queda ocorreu devido à elevação das temperaturas nas roças que colhem no momento, que aceleram a maturação do tomate e, conseqüentemente, aumentam o volume no mercado. Como a previsão é de continuidade do calor nesta semana, espera-se que o volume de tomate seja representativo no mercado.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Edição de agosto: Procuram-se Agroindústrias!


Na edição de agosto, a Hortifruti Brasil analisa os avanços da industrialização dos hortifrutícolas em três setores que mais têm se destacado: o de batata, de tomate e o de suco de frutas. O propósito da Matéria de Capa da edição é avaliar as oportunidades, os desafios, vantagens e desvantagens de o produtor tornar-se fornecedor de matéria-prima para as agroindústrias.

Além da matéria, leia também as análises de mercado das 11 frutas e hortaliças de estudo da Hortifruti Brasil, como o início do plantio de batata da safra das águas e as enchentes nos bananais do Vale do Ribeira (SP).

Essas e as últimas informações do setor de HF você confere na edição de agosto, disponível na página da Hortifruti Brasil: http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Preço do tomate sobe 100% na Ceagesp


As temperaturas voltaram a cair em boa parte do Brasil na última semana. Os termômetros mais baixos desaceleraram a maturação do tomate nas lavouras. Resultado: os preços da hortaliça subiram 104% na média da semana passada em comparação com a anterior. Na Ceagesp (SP), o tomate foi comercializado a R$ 45,40/cx de 22 kg. Nos supermercados paulistas, o quilo do tomate foi comercializado entre R$ 4,00 e R$ 6,50 nos últimos dias.

As principais regiões que colhem no momento são Mogi Guaçu (SP), as praças fluminenses de São José de Ubá e Paty do Alferes e Araguari (MG).

Nesta semana, as temperaturas devem elevar um pouco, mas ficarão mais baixas durante às noites, justamente no período mais importante do processo de amadurecimento do tomate, conforme informaram produtores. Assim, a oferta do produto pode continuar limitada no mercado, mantendo os preços firmes nos próximos dias.

Geada no Sul de Minas afeta produção de tomate

Além da queda nas temperaturas, nas quinta e sexta-feiras da semana passada (04 e 05/08) houve geadas na região do Sul de Minas Gerais. Com isso, estima-se que quase metade do total das roças de tomate, cujas plantas haviam sido transplantadas há pouco tempo, foram afetadas. Produtores acreditam que os pés atingidos podem ser recuperados, mas a produtividade certamente será abaixo do potencial produtivo da região.

Houve geadas também na região de Itapeva (SP) e Mogi Guaçu (SP), porém até o momento nenhum problema foi registrado com a plantação de tomate.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Enchentes no Vale do Ribeira destroem plantações de banana

Foto: Leonardo Costas/UOL

Na última terça-feira (02), enchentes invadiram os bananais na região do Vale do Ribeira (SP). Foi a segunda maior enchente ocorrida na região, desde a década de 70.

Com o alagamento, o abastecimento de banana deve ser comprometido, uma vez que os bananais encontram-se imersos na região. Além da dificuldade de colheita, as plantas podem sofrer distúrbios fisiológicos, refletindo em queda na produção.

De acordo com autoridades, estima-se que na cidade de Eldorado os danos tenham sido mais severos, sendo que uma grande parte da área destinada à bananicultura deverá ser replantada. Com relação às outras cidades da região, como Registro, Sete Barras, Jacupiranga e Cajati, ainda não se têm os prejuízos contabilizados, mas também podem apresentar necessidade de replantio da cultura.

Por Ednaldo Borgato - analista de mercado de banana - Hortifruti/Cepea

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Preço da tahiti pode ser maior no segundo semestre frente 2010

A oferta de lima ácida tahiti começou a diminuir apenas no final de julho quando, na verdade, o setor esperava que isso ocorresse já em junho. Assim, o pico de safra da tahiti em São Paulo ocorreu de abril a julho, diferente do que ocorreu em 2010, quando a concentração de oferta da fruta foi verificada de janeiro a março.

Esse deslocamento no pico de oferta da tahiti limitou a florada, que desenvolveria os frutos do segundo semestre. As flores, que deveriam ter aberto entre abril e junho (período em que as árvores estavam mais carregadas de frutas), abriram apenas de forma pontual, já que a presença de frutas ainda no pé costuma inibir as florações. Muitos produtores preferiram derrubar as frutas das árvores entre o final de junho e o início de julho para que as flores despontassem com mais intensidade.

Dessa forma, produtores acreditam que a oferta de tahiti no segundo semestre deva ser ainda menor do que no mesmo período do ano passado. A expectativa, portanto, é de preços elevados para os próximos meses, podendo superar os valores recebidos no segundo semestre de 2010.

Retorno das aulas impulsiona consumo de HF

Na última semana, agentes do setor de frutas e hortaliças informaram que as negociações estiveram mais intensas, tendo em vista o retorno das aulas a partir desta semana. Além disso, a primeira semana do mês deve ajudar a aquecer o comércio, já que boa parte dos consumidores brasileiros concentra suas compras no início do mês.