segunda-feira, 25 de abril de 2011

Demanda por batata aquece com aumento das vendas de bacalhau

A maior procura por batata na Semana Santa é comum por conta do consumo do bacalhau, no qual a batata é o principal acompanhamento. A diferença é que em 2011 as vendas do tubérculo estão maiores do que no ano passado por conta da maior oferta aliada à expectativa de aumento das vendas do bacalhau.

A importação de bacalhau, em março, foi 18% superior ao mesmo mês de 2010, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Outro indicador de aumento das vendas do pescado é a expectativa dos supermercados comercializarem 10% a mais este ano do que no ano passado por conta dos preços mais baixos ao consumidor.

Diante desse cenário promissor, produtores de batata aumentaram o ritmo de colheita nas últimas semanas. Na passada, a entrada de caminhões no atacado paulistano foi em média 98 caminhões/dia, 38% superior à média da semana anterior. A batata especial padrão ágata foi vendida no atacado paulistano a uma média de R$ 69,34/sc de 50 kg – alta de 20% frente a semana anterior. Com a possível retração da demanda nesta semana aliada à previsão de poucas chuvas, é aguardada desvalorização do tubérculo.

Também procurado na semana passada, o mercado de lima ácida tahiti foi mais firme na semana passada, conforme produtores e atacadistas. Com o maior consumo de peixe devido à Semana Santa, as vendas de tahiti aumentaram devido ao seu frequente uso para temperar pescados.

Enquanto mercado esteve atrativo para a batata e para a tahiti, para as demais frutas e hortaliças focos da Hortifruti Brasil foram mais fracas. Alguns varejistas já haviam antecipado suas vendas na semana anterior à da Semana Santa para compensar o pouco movimento esperado durante os feriados.

Por Juliana Silveira, Rodrigo Nardini e Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Granizo chega de surpresa e faz estragos no setor


Na última semana, a chuva de granizo pegou de surpresa produtores de frutas e hortaliças do Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste do Brasil. A chuva acabou trazendo prejuízos para algumas culturas, como tomate, uva e cebola, conforme levantamento com colaboradores do Cepea.

As maiores perdas foram registradas em áreas de tomate e uva do estado de São Paulo. Em Sumaré (SP), enquanto em algumas roças de tomate houve perdas de parte da produção, em outras, a perda foi total. Essa área não deve ser recuperada nesse semestre, mas dependendo dos resultados dessa safra, produtores podem recuperar esta área na segunda parte da temporada de inverno, no segundo semestre.

Em Porto Feliz (SP), onde há produção de uvas, o granizo atingiu aproximadamente 50% da área prevista para colher nesta safra, e houve perda total dos cachos nessa área.

Em algumas praças produtoras de cebola de São Paulo, o granizo não só causou perdas em algumas roças como também em canteiros de mudas em Monte Alto (SP). Em Minas Gerais e Goiás, também houve casos de granizo, porém as perdas estimadas com cebola foram pequenas.

Também atingidas pelo granizo, mas em menor proporção, foram as áreas produtoras de maçã do Sul do País. A ocorrência de leves chuvas de granizo na semana passada prejudicou alguns pomares no Sul. A chuva foi mais intensa na região de Vacaria (RS), mas produtores afirmaram que os estragos não foram significativos.

Produtores paulistas de manga também relataram a ocorrência de granizo em suas propriedades, mas como os pomares de manga encontram-se sem flores ou frutos, não houve nenhum prejuízo para os produtores.

O impacto dessas chuvas para a bataticultura também foi praticamente nulo. Dentre as regiões produtoras de batata, as únicas com relatos de batatais afetados foram Ponta Grossa (PR), Bom Jesus (RS) e Vargem Grande do Sul (SP).

Semana Santa aquece mercado de batata

A expectativa para essa semana é de bom comércio no setor de batata. Isso ocorre porque, tradicionalmente, a população consome bacalhau, e a batata é um dos principais acompanhamentos.

Com a expectativa de elevada demanda por causa do feriado religioso, as cotações devem ser mais atrativas. Ao mesmo tempo, muitos produtores se programaram para colher um volume maior nesta semana por conta da Semana Santa.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tomate e batata: atenções voltadas à safra de inverno

Na última semana, produtores de tomate de Paty do Alferes (RJ) deram início à colheita da safra de inverno. A praça fluminense começou a temporada recebendo preços abaixo do desejado devido à grande quantidade de tomate que está sendo ofertada no atacado do Rio de Janeiro.

O preço recebido nessa semana pelos produtores de Paty do Alferes esteve na média de R$ 14,00/cx de 23 kg. Segundo produtores locais, a qualidade dos primeiros frutos é inferior por conta das persistentes chuvas que ocorreram durante o mês de março. Com esse cenário, espera-se que a produtividade do primeiro mês de colheita seja baixa.

Enquanto tomaticulores já estão nas atividades de colheita, produtores de batata seguem com os preparativos de plantio. Neste mês, a praça de Vargem Grande do Sul (SP) deve intensificar o plantio de quase metade do total da safra estimada para região.

Segundo colaboradores do Cepea, o clima em Vargem Grande do Sul está favorável ao desenvolvimento da batata, com dias quentes e noites mais frias. Se essas boas condições permanecerem durante todo o desenvolvimento dos batatais, espera-se boa produtividade no município paulista.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Hortifruti Brasil chega à edição nº 100


Chegamos na edição de nº 100 da Hortifruti Brasil! E a maior recompensa para todos nós da equipe é podermos levar as informações de mercado de frutas e hortaliças aos nossos leitores em todo o Brasil!

Para brindar, nada melhor do que prover mais informações aos nossos leitores. Assim, a nossa equipe se recrutou para ler e analisar todas as 99 edições já publicadas e extrair delas os principais resultados das nossas pesquisas nas áreas econômica, social e ambiental.

Os resultados dessa panorâmica sobre os avanços do setor nos últimos 9 anos e o que ainda é necessário para sustentar esse crescimento você confere na Matéria de Capa desta edição! Para conferir essa edição comemorativa, clique aqui.

Em nome da equipe, quero agradecer aos nossos parceiros, que sempre depositaram confiança em nosso trabalho e nos apóiam financeiramente, viabilizando a realização das pesquisas e entrega gratuita aos nossos leitores. E claro, não podemos nos esquecer de você, o nosso público-alvo, que movimenta o agronegócio brasileiro e que enriquece as nossas pesquisas!

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Fruta verde reduz preço da laranja no mercado doméstico


As cotações médias semanais das laranjas hamlin e pêra, destinadas ao mercado doméstico, recuaram em torno de 8% na última semana frente à passada. Além da tendência natural da queda dos preços por conta da entrada da safra paulista 2011/12, a queda das cotações também se deve à maior oferta de frutas abaixo do ponto ideal de maturação, diminuindo a procura do consumidor por conta da qualidade.

Por outro lado, a lima ácida tahiti está com boa qualidade. No entanto, a oferta elevada não tem permitido a sustentação das cotações, as quais caíram 13% na média da semana passada em comparação com a anterior. A expectativa é que a oferta de lima ácida tahiti reduza significativamente a partir de junho.

Na última semana, ocorreu um dos principais eventos ligados ao setor da lima ácida tahiti, o 12º Dia do Limão Tahiti, em Cordeirópolis/SP. Uma das participantes do evento, a Dra. Margarete Boteon, pesquisadora do Cepea/ESALQ-USP, proferiu a palestra Limão Tahiti: cenário econômico, mostrando o atual cenário do mercado da fruta no Brasil e também o panorama internacional.

Para saber um pouco mais sobre as perspectivas do mercado de lima ácida tahiti, a palestra está disponível no site do Cepea, clicando aqui.

Margarete Boteon e Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil